sexta-feira, 10 de agosto de 2007

OS PAIS PRECISAM DE UM PLANO

E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados, e ao restante do povo: Não os temais; lembrai-vos do grande e terrível Senhor, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas.
Neemias 4:14


Vivemos hoje num mundo moral e espiritualmente falido. O conceito de certo e errado; bom e mal, se misturam. Não há certo nem errado, depende do que a pessoa quer e pensa. Para a sociedade atual tudo é relativo. A liberdade sexual e as drogas aprisionam cada vez mais os jovens. É um mundo de satisfação dos desejos carnais. Os conceitos morais e éticos que devem contribuir para a transformação do mundo desaparecem de forma cada vez mais rápida.

Mas, porque começo esta mensagem com essa reflexão de certa forma um tanto quanto desagradável para o dia dos pais?

Muitas vezes, o homem (falo aqui do sexo masculino) esquece ou até mesmo nem sabe que é dele a responsabilidade de conduzir à sua família nos caminhos do Senhor.

No texto que lemos, Neemias está conclamando o esposo, o pai, o homem da casa para pelejar pela sua família.

O esposo (pai), como guerreiro, juntamente com sua esposa (mãe), que é a sua auxiliadora, precisam levantar o escudo, empunhar sua arma e lutar pela sua casa, vigiando e orando para que sua família, em especial seus filhos, permaneça sempre aos pés de Jesus, crescendo na graça e no conhecimento.

Deus vai cobrar de nós homens, que somos a cabeça do lar, a vida das nossas esposas e dos nossos filhos.

Por isso precisamos como pais, de um plano urgente para restauração dos valores perdidos pela sociedade e pela família.

A primeira coisa que precisamos como plano de restauração é MELHORAR O RELACIONAMENTO PAI X FILHO.

Como tem sido o nosso relacionamento familiar e em especial com os nossos filhos? FRACO, NEUTRO, FORTE OU MUITO FORTE?

Talvez definir esta medida pode ser difícil, pois na rotina da vida em que vivemos há inúmeros problemas mais preocupantes e, aparentemente exige uma solução mais imediata, enquanto que os problemas familiares dão pra ir levando, uma vez que a família vive junta. Os meus filhos vivem junto a mim...

Imagino que provavelmente o pai do filho pródigo pensava assim: “Estamos juntos”... – Dormimos debaixo do mesmo teto. Não conversamos muito porque o tempo é pouco. Quando um sai para a escola ou para o trabalho, o outro está chegando ou se levantando para sair para alguma atividade e apenas diz: Oi!.

Dessa forma os dias vão passando e várias situações não resolvidas vão sendo acumuladas; as raízes de amargura vão gerando males cada vez maiores. A correria da vida moderna nos impede de perceber a diferença entre o Oi e o Ai dos nossos filhos.

Na casa do filho pródigo, onde todos viviam juntos, de repente o jovem reuniu o que era seu e foi morar numa terra distante. Ou seja, não quis mais ficar perto de seu pai. FILHOS QUE AMAM E QUE SÃO AMADOS PELOS PAIS QUEREM FICAR JUNTOS! Com toda as boas qualidades do pai do pródigo, ele falhou em algum momento.

O nosso sucesso como pai está baseado na qualidade do relacionamento que temos com nossos filhos.

Como pais devemos:
 Saber o que atrai e o que afasta nossos filhos de nós.;
 Avaliar se os atos que praticamos agradam ou desagradam nossos filhos;
 Descobrir as coisas que nossos filhos gostam e as que não gostam.

Pais sábios começam a construir interesses mútuos com seus filhos, interessando-se pelo mundo deles. Esse é o maior investimento que os pais podem fazer para estabelecer fundamentos sólidos para um relacionamento de confiança.

Augusto Cury, em seu livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes diz que: “Bons pais dão presentes, pais brilhantes colocam o filho no colo e conta-lhe histórias”.

A parábola do filho pródigo deixa claro que:

- Filhos saírem de casa antes da hora não é a melhor solução;
- O filho pródigo não havia aprendido a lidar com dinheiro (gastou tudo em pouco tempo);
- Não tinha aprendido ainda uma profissão;
- Fora de casa os problemas são ainda maiores.

O texto da parábola diz que depois de arrependido o filho voltou, e quando ele vinha ainda longe o seu pai o avistou e correndo o abraçou e o beijou. Que hora bendita!

Mas talvez aquela tivesse sido a primeira vez que aquele pai tenha abraçado e beijado seu filho. PAI DEIXE O MACHISMO DE LADO. ABRAÇE E BEIJE SEU FILHO. NÃO PERMITA QUE ELE SAIA DE CASA ANTES DO TEMPO.

Nos braços do pai o filho confessa seus pecados: “pequei contra o céu e diante de ti...” e diante desse reconhecimento o pai reafirma seu amor e aliança com o filho. Melhor roupa, anel no dedo e sandálias nos pés, símbolos de proteção e reintegração familiar.

Pai, Seus filhos se sentem protegidos por você. Eles se sentem parte de tua vida?
Agora com o filho protegido, seguem-se as celebrações. Uma festa. Bezerro cevado, muita bebida, muita alegria. O filho voltou!

O interessante é que era uma festa inédita. Naquela família não provavelmente não existiam festas. Percebemos isto, nas palavras do filho mais velho: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com meus amigos”.

Quantas vezes você pai tem celebrado com a sua família? Sabe porque seus filhos vão às festas escondidos. Talvez seja porque você não faz festas com eles.

Cito ainda Augusto Cury, que diz que nunca tivemos tantas fabricas de lazer numa sociedade cada vez mais desenvolvida e no entanto, nunca tivemos tantos jovens com cada vez mais problemas psicológicos.

Eu concluo dizendo que:

Os problemas da juventude e crianças dos nossos dias são muitos. Por isso os nossos filhos precisam sentir que os amamos de verdade e por isto, estamos interessados no crescimento deles. Se o amamos de fato poderemos concretizar o plano de restauração familiar. E assim, pais e filhos serão felizes e vitoriosos. Não haverá filhos pródigos, mas sim famílias abençoadas, onde todos os seus integrantes desfrutaram de riquezas do Pai celeste, sendo expressão da graça, do amor e do poder de Deus. Este é o propósito de Deus para a família. Portanto pais sejamos uma benção para todas as famílias da terra.